OUTRO TEXTO LONGO, MAS INDISPENSÁVEL.
Eu tenho um respeito e uma admiração imensos pela 3ª idade.
Se não fosse pela admiração natural, seria pela irrevogável situação de estar batendo já às suas portas.
Itamar deu uma “longa” entrevista para Mauro Santayna.
Para mim, dois imbecis. Um por ser petista, outro por apresentar, na bela idade, aspectos de senilidade ou mau caratismo crônico.
Itamar está revoltado.
Teve negada suas pretensões de ser vice de Serra. Apesar da negativa que faz agora de público, Itamar e Aécio confabularam sobre essa hipótese.
Parêntesis: Continuo extremamente desconfiado da quantidade de sangue e suor que o garanhão de Minas, irá oferecer para a candidatura de Serra.
Neste criminoso episódio da arapongagem do DILMAGATE, passou despercebido de todos, a aliança feita em Minas pelo garanhão com Pimentel, o mesmo comandante do DILMAGATE.
Era o discurso de Aécio de que poderia aglutinar apoios entre os que apóiam a candidatura da quadrilha.
Lembram disso?
Nunca me escapou a hipótese de que Aécio pleiteava ser escolhido por LuLLa para uma parceria. Aécio pensou até em se filiar ao PMDB. Também lembram disso?
Mas, voltando.
Numa parte da entrevista, o rancoroso Itamar, solta a língua e diz que usam “despudoradamente” a sua criação dos genéricos.
Trata-se de uma mentira desavergonhada, cínica e deslavada mentira.
Outro parêntesis, posso?
25 anos de minha vida profissional, foram dedicados ao trabalho na Indústria Farmacêutica. Nela, ocupei os mais cargos e posições.
Conheço, por ter vivido e presenciado, a história da evolução dos medicamentos no Brasil. Fecha parêntesis 2.
A primeira vez em que se usou o termo genérico, foi durante o governo Geisel e seu Ministro da Saúde Paulo de Almeida Machado, através da Lei 8360 de 23 de setembro de 1976.
Aqui segue o trecho correspondente:
XXI – Medicamento Genérico – medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI; (Inciso incluído pela Lei nº 9.787, de 10.2.1999)
Art. 88 Esta Lei entrará em vigor 95 (noventa e cinco ) dias depois de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 23 de setembro de 1976; 155º da Independência e 88º da República.
ERNESTO GEISEL
Paulo de Almeida Machado
Vamos explicar.
O que se pretendia com esta Lei.
Começou nesta época uma verdadeira explosão de laboratórios que produziam medicamentos chamados de “gueta”.
Eram produtos que fugiam da legislação e eram empurrados pelos balconistas de farmácias a troca de polpudas comissões.
Esta Lei tentava restringir a fabricação destes medicamentos por laboratórios que não eram considerados clandestinos, mas que não observava normas e procedimentos de fabricação de produtos farmacêuticos. Em linguagem clara, não podia atestar sua qualidade.
O que desencadeou este fato, foi que um destes laboratórios usou FUBÁ e FARINHA DE TRIGO para fabricar medicamentos que se apresentavam em comprimidos amarelos e brancos, respectivamente.
Um grande lote de antibióticos, os preferidos da falsificação, tinha provocado a morte de pacientes sob tratamento intensivo em grandes hospitais. Alguns destes laboratórios, foram fechados.
O link para a íntegra desta Lei está aqui. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6360.htm )
Portanto, pelo bem da verdade, o TERMO GENÉRICO, não foi cria nem de Itamar nem de Serra.
No governo de Itamar, mais uma vez, houve nova tentativa de se “regularizar”, melhor seria dizer ,“disciplinar” este mercado.
Atendendo à reclamações de médicos, o ministro da saúde de Itamar, o também médico Jamil Haddad, editou o decreto 793/93 – Decreto Nº 793 de 5/04/1993.
Link AQUI (http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/113271/decreto-793-93 ).
O que pretendia Jamil Haddad com este decreto?
Ele não mudava quase nada na Lei de Geisel. Mas procurava atender à uma reclamação dos médicos de forma geral.
Vejam a imagem abaixo da embalagem antiga de um medicamento:
Reparem que abaixo da marca, não existe a menção ao produto ativo da formulação do medicamento.
Surgiu na época, um termo jocoso que dizia que medicamentos assim era “de Griffe” por pertencer aos grandes grupos farmacêuticos.
Como grande parte dos medicamentos eram conhecidos por sua Marca comercial ( NOVALGINA – Marca / DIPIRONA – Substância ) os medicamentos, TODOS, deveriam ter sob a MARCA COMERCIAL, seu princípio ativo.
Se vocês acessarem o link fornecido acima, verão que o decreto está rabiscado. Por que?
Por que ele foi, digamos, cancelado e substituído por outro.
Serra, então ministro da Saúde de FHC, empreendeu uma verdadeira guerra contra a indústria farmacêutica em virtude da necessidade de tratar a epidemia da AIDS.
O início desta briga foi justamente com laboratórios que produziam os medicamentos para o coquetel da AIDS.
Participei de uma palestra, realizada pela ABIFARMA com o então Ministro da Saúde. José Serra, no Rio de Janeiro.
Como defensor da Industria farmacêutica, meu posicionamento era e é, ainda hoje, a favor desta.
E a explicação é muito simples.
A descoberta e a comercialização de um princípio ativo de uma substância pode levar de 10 a 20 anos, alguns casos até mais que isso. Toda esta despesa com pesquisa, caríssimas, são custeadas pelo laboratório que pesquisa esta substância.
Milhões de dólares estão envolvidos na pesquisa, ates que o laboratório descobrir da nova droga, possa ter de volta os investimentos que fez.
Mas Serra foi irredutível e quebrou a patente de um número grande de substâncias e criou uma forma de peitar a indústria farmacêutica, criando um novo tipo de medicamento que seria, aí sim, chamado de genérico, produzido de acordo com normas brasileiras, ou na falta delas, nas normas internacionais ( DCB ou DCI ).
Vejamos o que diz o decreto:
Art. 2º O órgão federal responsável pela vigilância sanitária regulamentará, em até noventa dias:
I – os critérios e condições para o registro e o controle de qualidade dos medicamentos genéricos;
II – os critérios para as provas de biodisponibilidade de produtos farmacêuticos em geral;
III – os critérios para a aferição da equivalência terapêutica, mediante as provas de bioequivalência de medicamentos genéricos, para a caracterização de sua intercambialidade;
IV – os critérios para a dispensação de medicamentos genéricos nos serviços farmacêuticos governamentais e privados, respeitada a decisão expressa de não intercambialidade do profissional prescritor.
Art. 3º As aquisições de medicamentos, sob qualquer modalidade de compra, e as prescrições médicas e odontológicas de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, adotarão obrigatoriamente a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional (DCI).
§ 1º O órgão federal responsável pela vigilância sanitária editará, periodicamente, a relação de medicamentos registrados no País, de acordo com a classificação farmacológica da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename vigente e segundo a Denominação Comum Brasileira ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional, seguindo-se os nomes comerciais e as correspondentes empresas fabricantes.
§ 2º Nas aquisições de medicamentos a que se refere o caput deste artigo, o medicamento genérico, quando houver, terá preferência sobre os demais em condições de igualdade de preço.
O link para o decreto na íntegra está aqui (http://www.anvisa.gov.br/legis/consolidada/lei_9787_99.htm)
Portanto, Itamar não criou nada. Simplemente copiou o decreto de Geisel na utilização do TERMO GENÉRICO.
Serra criou o MEDICAMENTO GENÉRICO, dentro do que foi classificado com o termo genérico.
Deu para entender?
Itamar mente. E é muito feio um ancião da 3ª idade se tornar mentiroso depois de velho.
Em outro trecho da entrevista, Itamar diz que FHC era sua terceira opção.
Mentira.
Itamar diz que queria José Aparecido de Oliveira, realmente um grande nome, mas que tinha sérios problemas de saúde e PREFERIU voltar para a embaixada de Lisboa a aceitar o convite de Itamar.
Itamar mente de forma nojenta e criminosa.
Reportagem de VEJA da época diz:
“Ao escolher Fernando Henrique, o presidente coloca o governo nos eixos
Não adianta Iamentar os oito meses e quatro substituições no Ministério da Fazenda. Perdeu-se um tempo precioso enquanto a inflação prosseguia sua desembestada carreira e a crise se aprofundava. A sucessão de desastres é responsabilidade total, única e exclusiva do presidente da República. Itamar Franco escolheu ministros fracos e os enfraqueceu ainda mais. Atritou-se com Gustavo Krause, deixou que Paulo Haddad o enganasse e negou apoio a Eliseu Resende quando a credibilidade do ministro se erodia. É de Itamar Franco, igualmente, a responsabilidade total, única e absoluta por ter dado a grande tacada. Aquela que pode fazer com que o Brasil, depois de ter atingido o fundo do poço em matéria de desgoverno, se recupere e prospere. Ao colocar Fernando Henrique Cardoso no Ministério da Fazenda, o presidente fez a melhor escolha possível.
O professor Fernando Henrique Cardoso faz a aposta da sua vida, enquanto o engenheiro Itamar Franco joga a sua última cartada. Se vencer a inflação e der estabilidade à economia, o ex-chanceler terá condição de surgir como um presidenciável imbatível. E Itamar Franco entrará para a História como o presidente que assumiu o poder em condições dificílimas e mesmo assim conseguiu colocar o país nos trilhos e fez o sucessor. Se fracassarem, não se assistirá apenas ao esboroamento dos sonhos de dois políticos, que passarão o resto de suas vidas culpando um ao outro pela débâcle. Se fracassarem, pobre Brasil.”
As famosas trapalhadas de Itamar, levaram a uma inflação de 58% com tendência de voltar aos patamares insuportáveis da era Sarney.
FHC não foi a última escolha de Itamar, mas sua salvação política.
Não perdôo a senilidade Itamar.
Mas não perdôo mais ainda, sua tremenda falta de caráter e sua canalhice.
A entrevista de Itamar está após o link leia mais abaixo, mas seu quiser, pode encontrá-la em uma cacetada de blogs da quadrilha.
Só me encuca o seguinte:
Por que Aécio queria empurrar este merda velho como vice de Serra?
Bom, já fiz minha boa ação de hoje. Vou voltar ao projeto pois perdi um tempo enorme procurando em meus arquivos a foto de alguma embalagem antiga de um medicamento. Volto mais tarde, ok?
Entrevista: Itamar Franco e o poder da simplicidade
Mauro Santayana, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - Quando assumiu a Presidência da República, durante o afastamento compulsório do titular, Fernando Collor – que seria definitivo meses depois, com o impeachment – Itamar Franco surpreendeu as elites, representadas pelos principais veículos de comunicação do país. Seu ministério foi tachado de “governo de compadres”, e “República do Pão de Queijo”. A resposta de Itamar foi uma pergunta, quase inocente: “As pessoas simples não podem governar?”.
Meses depois, o senador Antonio Carlos Magalhães pediu-lhe uma audiência. Queria fazer “graves revelações” contra Jutahy Magalhães Júnior, seu ex-aliado e então desafeto na Bahia, que ocupava o cargo de ministro de Bem-estar Social. Ao ser introduzido no gabinete, na hora marcada, Antonio Carlos encontrou todos os jornalistas credenciados no Planalto, com seus fotógrafos e as câmeras de televisão. Diante do espanto e constrangimento do Senador, Itamar explicou:
– Como o senhor me disse que faria uma denúncia, achei conveniente que a fizesse à nação inteira. O senhor pode apresentá-la diretamente aos jornalistas.
Modéstia
Antonio Carlos engoliu em seco. Seu “dossiê” era constituído de recortes de jornais, que nada provavam contra Jutahy. Ao minimizar a importância do episódio, que alguns atribuíram à sua astúcia de mineiro, Itamar confessou, modesto:
– Eu, astuto? Eu sou até meio bobo.
A República do Pão de Queijo pode ter sido, para o desdém de seus críticos, a república do pão, pão; queijo, queijo; orientada pelo pensamento óbvio, pelo senso comum. Mas é provável que Itamar tenha sido realmente ingênuo, ao deslumbrar-se pela retórica professoral do sociólogo Fernando Henrique Cardoso e fazer dele seu sucessor. Itamar relembra o episódio:
– O nome de Fernando Henrique surgiu por exclusão. Diante da pressão dos fatos, que me levaram a aceitar a demissão do ministro Eliseu Resende, desloquei Fernando Henrique do ministério de Relações Exteriores e o nomeei para a Fazenda. A partir de então, seu protagonismo foi natural. Mas, naquele momento, eu pensava, e pensava firmemente, em dar a José Aparecido de Oliveira visibilidade que o credenciasse à sucessão. Aparecido – tal como hoje ocorre ao presidente Lula – se revelara excepcional diplomata, à frente de nossa embaixada em Lisboa. Coube-lhe articular, com grande sacrifício pessoal, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Teve que vencer a resistência de certos setores lusitanos, que não queriam dividir, com o Brasil, a influência sobre as suas antigas colônias. Com o apoio de Mário Soares, Aparecido partiu para a segunda etapa: a de convencer os novos países que podiam confiar na CPLP, porque a presença brasileira neutralizava a suspeita, natural, de que a instituição viesse a ser instrumento de novo colonialismo. Foi assim que, sem linhas aéreas regulares, que lhe possibilitassem as viagens sucessivas e rápidas pelo continente africano, Aparecido teve que se deslocar de um país para outro em aviões monomotores. O Brasil deve também ao Aparecido a oportunidade de hoje estar presente na Ásia: ele nos revelou a existência de Timor-Leste e incluiu essa realidade em nossa política externa. Eu não tive dúvida em convidá-lo para ocupar a Secretaria de Estado. Os elitistas do Itamaraty se levantaram contra a indicação, mas eu não recuaria. Quem recuou foi o próprio Aparecido, e com razões ponderáveis: estava enfermo, sujeito a uma cirurgia arriscada e, com sua sensibilidade, entendeu que não teria condições para ocupar o cargo. Foi então que – e mais uma vez eu lhe louvo a perspicácia diplomática – ele me sugeriu o nome do embaixador Celso Amorim. Acatei, com prazer, a sugestão. Em primeiro lugar porque, não podendo contar com Aparecido, era mais razoável que me valesse de um quadro do Itamaraty, para servir-me no curto mandato que me restava. Além da recomendação de Aparecido, tive outras referências que confortaram a minha escolha. Quanto à sucessão, o nome de Aparecido se tornou inviável pela enfermidade. Optei então pelo jornalista Antonio Brito, que se destacara como ministro da Previdência e estava à frente das pesquisas. Brito declinou: era muito jovem, e preferia governar o Rio Grande do Sul. Fernando Henrique era a terceira opção.
Elogios
a Amorim
e à política externa
Já que falamos em diplomacia – e Itamar foi embaixador em Portugal, na OEA e na Itália – conversamos algum tempo sobre a política externa de Lula. Itamar sorri: ele se sente parceiro de seus êxitos, uma vez que lhe coube levar Amorim para a chancelaria.
– Senti-me homenageado quando, na presença do embaixador Amorim, em uma recepção na Embaixada do Brasil no Vaticano, o presidente Lula me disse que o havia convocado para a chefia do Itamaraty por ele ter sido meu chanceler. É claro que Lula me fazia um afago político, e que a razão da escolha não fora só a nomeação de Amorim pelo meu governo, mas, de qualquer forma, eu dera ao diplomata de Santos a chance de revelar-se como um dos mais importantes negociadores internacionais de nosso tempo. Só tenho a lamentar que Amorim tenha ido a Juiz de Fora participar de um comício em favor da candidatura de Nilmário Miranda, do PT, com Lula, e ao lado de Newton Cardoso, contra a reeleição de Aécio. Um ministro de Relações Exteriores não deveria intervir em disputa regional, e muito menos na cidade natal de quem nele confiara a execução da política externa brasileira. Magalhães Pinto, que era político, nunca fez isso. Esse episódio, que me entristeceu profundamente, não diminui a admiração pelo grande diplomata que ele é.
Comento com Itamar curiosa circunstância histórica. Celso Amorim é de Santos, e em Santos nasceram dois dos mais importantes diplomatas brasileiros, decisivos em momentos cruciais da nacionalidade. O primeiro foi Alexandre de Gusmão, que deu ao Brasil os seus limites continentais, com o Tratado de Madri, de 1750, em que se reconheceu o princípio do utis possidetis que legitima a posse de fato. O segundo foi José Bonifácio de Andrada, o primeiro-ministro de Relações Exteriores do Brasil.
Continuando na política externa, Itamar faz pequeno reparo a Celso Amorim:
– O ministro disse que, para não ter direito a um voto independente, é melhor não fazer parte do Conselho de Segurança da ONU. No meu entendimento, trata-se de falsa questão. A nação que faz parte do Conselho tem a liberdade de votar como quiser, de acordo com seus princípios e interesses e em favor da paz mundial. O que deve ser contestado é o ainda poder de veto exclusivo aos cinco países que são membros permanentes do órgão. O Brasil sempre teve direito, pelas suas dimensões geográficas e pela sua formação histórica, a participar do Conselho de Segurança. Em 1926, com forte presença na Liga das Nações, teve a sua candidatura, como membro efetivo do Conselho das Nações, preterida em favor da Alemanha – da mesma Alemanha que fora derrotada em 1918. Como era nosso presidente o grande estadista mineiro Artur Bernardes, e seu representante na Liga outro invulgar homem de Estado, também mineiro, o embaixador Afrânio de Mello Franco, o Brasil preferiu a honra e abandonou a Liga, que se revelara instrumento dócil do eurocentrismo. Um país que defendera, com Rui, em Haia, a plena igualdade entre as nações, não poderia compactuar com a ditadura dos grandes.
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De resto se você ama a Democracia e odeia o petismo quadrilheiro, aqui é o seu lugar.