É malandro. Vamos ter que trabalhar muito. Muito mesmo.

08 junho 2010


SÃO PAULO - O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, disse nesta terça-feira em São Paulo que a eleição presidencial deste ano pode ser decidida no primeiro turno, tanto em favor da candidata Dilma Rousseff (PT)
quanto de José Serra (PSDB), que apresentaram empate em 37% das intenções de voto em pesquisa divulgada pelo instituto no último final de semana . Na sua avaliação, a candidata do PV, a senadora Marina Silva, que teve 9% na mesma pesquisa do Ibope, será decisiva para a realização do segundo turno.
- Marina é uma boa candidata, uma pessoa diferente. Não sei se vai ter estrutura, tempo de televisão, para chegar perto dos primeiros. Pode ser uma surpresa. Acho que ela pode crescer com a ajuda da internet, da juventude, com a ajuda de uma série de coisas. Ela certamente vai ter um papel importante, podendo levar a eleição para um segundo turno. Caso ela fique estacionada ou caia um pouco, as pessoas tentem aplicar um voto útil ou tentar resolver a eleição logo, essa eleição pode sim ser decidida no primeiro turno para um lado ou para o outro - disse Montenegro.
Em café da manhã com empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o presidente do Ibope disse que dois terços do eleitorado já estão "radicalizados" e decididos entre Dilma e Serra, mas um terço ainda não definiu o voto, o que só deve acontecer depois da Copa do Mundo.
- Um terço já se posicionou a favor da Dilma, um terço a favor do Serra e acho que tem um terço, menos radical, mais tranquilo, que já votou no Fernando Henrique, já votou no Lula, que está atento a todos esses detalhes, a currículo, a postura, a carisma, credibilidade, propostas de governo, continuidade do governo. Esse pessoal vai analisar depois da Copa do Mundo e é esse pessoal que vai decidir a eleição.
Montenegro, que havia declarado à revista "Veja" no final do ano passado que o Brasil não elegeria um "poste" e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faria seu sucessor e, ainda, que Serra era o favorito, reformulou sua afirmação dizendo que o candidato precisa, além do apoio presidencial, "mostrar preparo".
- Disse que ele não elegeria um poste. E continuo achando isso. O que é eleger um poste? O Brasil, antes da reeleição, tinha mandatos de quatro anos - justificou, explicando ainda mais: - Quando falava que não elegeria um poste, era até acreditando no povo brasileiro. Acho que o Lula pegar qualquer pessoa, por mais que ele tenha 80% de aprovação e dizer: "Olha, você vai ser o presidente", não acredito nisso. Acho que a pessoa tem que mostrar preparo. A pessoa tem que mostrar liderança, programa de governo, que está preparada para governar um país como o Brasil - disse afirmando que a entrevista à revista "saiu truncada".
Carlos Montenegro ainda voltou atrás na previsão de que Dilma Rousseff não passaria dos 15% de intenção de votos e que Lula não transferiria votos para a candidata petista.
- Acho que a Dilma está ocupando muito bem o espaço que estava vazio e alguém ia ocupar, fosse a Dilma, fosse o Tarso Genro, fosse o Fernando Haddad, fosse qualquer um candidato do presidente Lula iria ocupar esse espaço. Acho, por exemplo, que nos 37% a 37% divulgados você não tem só transferência de votos - disse, remetendo a sua opinião de que a eleição está "radicalizada" entre os dois principais candidatos.

Fonte: O GLOBO

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Esta eleição não vai ser fácil. Todos sabemos disso.
Portanto, é de fundamental importância que cada um dos brasileiros decentes desta nação faça a sua parte.
Quem vai decidir esta eleição, na verdade, é a mobilização que podemos fazer em favor de uma candidatura decente.

 
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