Ex diretor da PF depõe na Justiça.

24 maio 2010


A Justiça Federal ouviu entre as 13h20 e as 14h35 o diretor geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, no processo que investiga o delegado afastado Protógenes Queiroz pelo suposto vazamento de informações sigilosas da Operação Satiagraha. Também nesta tarde o juiz Ali Mazlum aprecia a possibilidade de colocar o banqueiro Daniel Dantas como parte da acusação no processo, que além de Queiroz, tem como réu o agente Amadeu Bellomusto.
O agente da Polícia Federal (PF) Amadeu Ranieri Bellomusto teria voltado atrás na tarde desta segunda-feira em declarações dadas anteriormente à corregedoria da corporação que incriminariam o delegado Protógenes Queiroz. Em interrogatório na Justiça Federal, o agente, que é réu junto com o delegado em processo que investiga vazamento de informações da Operação Satiagraha, teria afirmado que foi constrangido na corregedoria da PF. O processo corre em segredo de Justiça.
A Justiça Federal ouviu entre as 13h20 e as 14h35 o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, em audiência do processo que apura a responsabilidade do delegado afastado Protógenes Queiroz pelas informações dadas à imprensa na investigação que prendeu, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas e seu braço direito Humberto Braz. O agente foi ouvido em seguida e, segundo uma pessoa presente na sessão, alegou pressão para dizer inverdades.

AGENTE MUDA VERSÃO
Bellomusto teria se valido do direito de não produzir provas contra si e teria sido, então, questionado por um procurador sobre interrogatório conduzido pelo delegado-corregedor Amadeu Vieira e que confirmaria a versão de que o flagrante realizado no restaurante El Tranvia, em Brasília, foi antecipado para que um cinegrafista da Rede Globo filmasse tudo. Bellomusto teria afirmado que foi pressionado a confirmar o que diziam as investigações do corregedor.
Procurada, a Polícia Federal não se pronunciou sobre o assunto. O delegado Protógenes, que seria interrogado nesta tarde, teve a audiência remarcada para o dia 11 de junho. O depoimento de Luiz Fernando Corrêa teria convergido para a versão de Queiroz, de que não teve responsabilidade no vazamento de informações.

 
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