Ser ou não ser? Eis os cínicos.

07 abril 2010


133 mortos contados até agora.
Mais de 14 mil desabrigados.
Agora a pouco, cerca de 40 casas foram soterradas em Niterói.
Em apenas 48hs de chuva.
Números aterradores que trazem números da encenação cínica das autoridades responsáveis.
Cabral, como dissemos anteriormente, joga a culpa na demagogia.
Paz, se esconde em sua pequenez política e destrambelha a falar desconectado da realidade.
LuLLa, o rei da verborragia, se aproveita mais uma vez da desgraça alheia.
LuLLa liberou 0,6% do orçamento destinado à esse fim para a cidade do Rio de Janeiro.
A demagogia que Cabral vê, tapa-lhe os olhos para as verbas que, como governador, não requisitou.
O choro de Cabral no caso do royalties de um petróleo que não se sabe quando sairá do buraco em que se encontra, contrasta com o cinismo escandaloso frente às vítimas da tragédia carioca.
Os "desculpadores"  de plantão jogam no limbo a geografia do Rio.
Números de artistas que protagonizam, neste momento triste, uma peça de inusitada dose da mais descarada encenação política.
O pobretão pendurado no barraco de caixas de maças, escorada por pernas de 3 apodrecidas, é o verdadeiro e exclusivo culpado pela tragédia que comove, principalmente, a todos nós que aqui vivemos.
133 cadáveres misturados ao lamaçal político em que se transformou a nossa cidade maravilhosa.
14 mil desabrigados cujos preciosos votos não podem ser perdidos.
A propaganda do PAC mentiroso do Alemão é repetida a intervalos cada vez mais curtos na TV.
As obras de papel, escamoteam as obras, cuja necessidade, estão estampadas nos números desta tragédia.
Estádios maravilhosos consomem bilhões de reais na festa megalômana de uma olimpíada.
Mas na maratona da vida, 133 pontos perdidos.
133 votos a menos para serem comprados.
Este é o resultado da subserviência de Cabral e Paes ao mais danoso presidente que este País já teve.
LuLLa deveria se envergonhar.
Cabral e Paz também.
Mas eles não farão isso.
A mãe do PAC foi à Minas prestar falsidades no túmulo de Tancredo.
O pai do monstrengo veio ao Rio fazer suas bravatas.
Cabral e Paz, se omitem.
Não vi Cabral em nenhum lugar atingido.
Não vi Paes com as botinhas sujas de lama.
Não vi LuLLa no meio dos bombeiros.
Esgoto não dá voto.
Lama não rende notícia.
O que eles ainda não perceberam é que a lama e o esgoto fétido de suas encenações, faz crescer em cada carioca, em cada vítima desta tragédia, um crescente sentimento de desprezo.
Por tudo o que eles acham que representam.
Por tudo o que eles querem que a gente pense.
Por tudo o que eles são.

 
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