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Sei não, mas......

10 junho 2010


Vocês não estão sentindo um cheirinho de carniça braba no ar?
Alguns números para serem analisados:

1) Quadruplicou o número de carros financiados retomados pelas financeiras.
2) Triplicou o número de protestos de consumidores inadimplentes.
3) Triplicou o número de dias de atraso nas prestações de financiamentos.
4) Caiu assustadoramente o número de contratos de fornecimento em alguns setores da indústria.
5) Algumas áreas do comércio estão com estoques lá no alto - vendas despencaram.
6) O COPOM deu uma paulada nos juros.

Estão sentindo o cheiro agora?

Por Anacronikus às 18:45
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4 Comentários:

Anônimo disse...

A......, vão enganar até a eleição, esta parecendo o governo do pt com martaxa, so impostos e taxas, Serra vai ter que usar o chamado freio de arrumação pois está tudo perdido, muitos gastos juros nas alturas.

junho 10, 2010 7:20 PM
Anônimo disse...

É evidente que a carniça está começando a feder. Um povo que compra carro para pagar em 72 meses, supermercado para pagar em 60 dias, tudo que usa vem da China e diz que tá vivendo o melhor momento. Não escapa de feder.

junho 10, 2010 9:18 PM
clePTomaníaco disse...

É uma pena que isso esteja acontecendo. Não foi por falta de aviso. O subprime brasileiro tem um nome sugestivo: PACHECO, de Passat, Chevette e Corcel.

junho 11, 2010 9:09 AM
Marcello Tálamo disse...

Conheço esse mercado e CONFIRMO:

SIM, é verdade que a isenção do IPI gerou um crescimento no volume de carros novos, mas grande parte desse crescimento foi catapultado pela aceitação de carros usados como parte do pagamento;

Essa situação gerou nas concessionárias e lojas um ESTOQUE enorme de veículos usados, de difícil RECOLOCAÇÃO no mercado.

SE as lojas vendessem os carros zero e recebessem o DINHEIRO, poderiam pagar seus tributos, contas, folha de pagamentos e custos diversos girando o negócio com seus próprios recursos, o que é SAUDÁVEL

OCORRE que grande parte do valor da venda é representado pela antrada de um veículo usado que tem que ser vendido, por sua vez, para gerar $$$.

ACONTECE porém que essa venda está cada vez mais demorada devido ao mercado saturado, PORÉM os tributos, salários, contas de água, luz e telefone,além de pingarem religiosamente a cada 30 dias, não podem ser pagas com "veículos", de forma que as empresas acabam recorrendo a BANCOS para obter recursos para essas despesas.

ESSE ciclo reduz a margem de ganho da empresa, pois o carro parado no estoque, além dos custos normais de limpeza e conservação, passa a ter um custo financeiro (o chamado custo do carregamento da dívida)que dificilmente é inferior a 2% ao mês.

Embora a margem das empresas de veículos seja elevada (em tese), simplistamente podemos considerar que, caso a empresa demore 4, 5 ou 6 meses para vender o carro, a margem do negócio feito lá atrás estará comprometida.

Isso faz com que as empresas façam cada vez mais feirões para "queimar" esses veículos, apostando em parceiros financeiros que os financiam a prazos cada vez mais longos e transfere para as financeiras esse "estoque" de veículos como lastro de negócios.

Essas financeiras acabam praticando taxas cada vez maiores, embutidas em prazos elásticos para caber nos bolsos, mas na verdade estão "barrigando" um problema, posto que a inadimplência vem forçando as mesmas a recuperar um nº cada vez maior de veículos.

Aí o ciclo reinicia, pois às financeiras, não interessa nem um pouco ter veículos em estoque, posto que seu negócio é compra e venda de dinheiro, o que faz com que esses carros sejam novamente "queimados" em feirões e assim sucessivamente.

Em suma: A maior parte das empresas de veículos está com sérios problemas de caixa gerados por um carregamento de estoque de veículos muito superior à media aceitável para o setor preservar suas margens habituais.

Resultado? Quase todas estão "dançando" nas ondas da ciranda financeira. Até quando, não se sabe.

junho 11, 2010 9:53 AM

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