ANDREA MURTA - WASHINGTON
Os criadores do "Vote na Web", site brasileiro que está fazendo barulho no exterior com a promessa de promover transparência e participação política, afirmam que práticas governamentais on-line são sobre pessoas, não tecnologia.
Com esse mote, lançaram um projeto que, de tão simples, é difícil acreditar que seja pioneiro. O "Vote na Web" basicamente explica leis analisadas no Congresso, descrevendo projetos em uma linha, e permite que os cidadãos votem simbolicamente nelas. Também disponibiliza os projetos de lei na íntegra.
"Não há mais desculpa para um país democrático não ter um sistema como esse", diz André Blas, diretor de relacionamento do grupo WebCitizen, pai do projeto.
A simplicidade funcionou. Blas apresentou o site na conferência Gov 2.0 Expo em Washington (EUA) na semana passada. O WebCitizen foi o único representante brasileiro no evento --e o único cuja língua não é o inglês--, dividindo o palanque com grupos como Nasa, Microsoft, Google, o Pentágono, o governo da Austrália e outros.
E acaba de ser convidado pela ONU a levar o projeto a um workshop sobre engajamento cívico em Barcelona em junho.
Lançado em novembro de 2009, o site reúne hoje quase de 700 leis em discussão no Congresso. Em seis meses, teve mais de 100 mil votos e 5.000 participantes registrados --62% destes têm entre 16 e 30 anos.
Um dos aspectos mais interessantes é que o "Vote na Web" permite comparações tanto com o voto de outros participantes --que podem divididos por regiões do país, em mapas-- quanto com o voto dos políticos.
"Na maior parte das vezes, os resultados são bem diferentes", diz Blas, "o que mostra a desconexão entre o que as pessoas querem e o que os políticos estão fazendo."
Cidadãos também discordam. Na votação virtual sobre a distribuição igualitária da renda do pré-sal, por exemplo, participantes de Estados produtores são claramente contra, enquanto de Estados produtores são a favor.
Atualmente, o projeto mais votado do site é o que proíbe a adoção de crianças por casais homossexuais --e 79% dos participantes são contra.
Os criadores querem deixar a plataforma "open source" e disponível gratuitamente para qualquer país que queira implementá-la. E já estão em discussão com os EUA, a Colômbia, Portugal e Israel para exportação do modelo.
Anacronikus:
Iniciativas como esta é que definem e ajudam a firmar os conceitos de cidadania.
Precisamos de algo assim aqui no Brasil.
Quem sabe?
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Há 2 horas
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