Quase, faltou apenas isso....quase.

02 maio 2010


Foto Clayton de Souza/AE
Sério amigos,
quase me deixo levar pela emoção ao ver o discurso choroso de LuLLa no sindicato de São Bernardo ao lado de uma também chorosa Dilma.
Faltou isso....o quase.
Voltei o filmete e procurei esquecer a cara e prestar atenção ao que disse o valoroso ator.
"Quando eu deixar a Presidência, vou continuar morando no mesmo apartamento, na mesma distância do sindicato que me projetou para a política e das empresas em que fiz as greves mais maravilhosas do País".
Disse em prantos copiosos o nosso pelego profissional.
Bolas, seu eu tivesse ouvido este discurso nos anos 70, talvez estivesse em prantos copiosos e solidário até agora.
Quem sabe iria dormir em soluços.
Lamentavelmente os anos passam, os cabelos vão se esbranquiçando e o diabo do raciocínio vai aparecendo e trazendo consigo, a frieza característica daqueles que se predispõem a pensar de forma mais ou menos isenta.
LuLLa sempre foi um bom ator. Daqueles capaz de ensaiar o choro quando a lauda com o script bate em suas mãos.
LuLLa é um cínico, daqueles capazes de olhar nos olhos de alguém e lhe dizer candidamente, frases do tipo "vá em frente companheiro" e ao lhe virar as costas sussurra "você vai ver o buraco que cavei para que você se espatife no fundo dele".
Foi assim com Ciro.
Foi assim quando recebeu com todas as honrarias de FHC as chaves do castelo.
LuLLa é rancoroso a ponto de guardar por anos as suas mágoas e no momento apropriado despachar o incauto sem a mínima dose de dó nem piedade.
Mas sabe, acredito que o choro do ator LuLLa foi verdadeiro.
LuLLa já sente saudade do que eLLe mais preza: O poder.
LuLLa sabe que a partir do dia em que deixar de  ocupar um posto visível como é a presidência de um país como o Brasil, que a muitos anos não deixa de ser a longínqua promessa de país do futuro, de grande nação, eLLe sabe que seu poder de comprar consciências acabará.
LuLLa sempre gostou de alugar a sua e comprar as dos outros.
À frente de uma peneira fantástica que é o governo brasileiro, cujas verbas escorrem com facilidade assombrosa pelos ralos da corrupção, ELLe se descobriu dono das chaves deste fantástico cofre.
LuLLa, está milionário.
Os cupinchas de LuLLa estão milionários,
Os filhos de LuLLa, estão milionários.
Ao vê-lo falar que sentirá orgulho de poder olhar na cara de cada trabalhador que encontrar pelas ruas de São Bernardo, procuro lembrar do que realmente eLLe fez pela classe que um dia representou.
Ao vê-lo falar que lembrará das greves "mais maravilhosas" do país, fico com cá com meus botões a imaginar quanto rendeu às suas burras as tais greves arranjadas.
Ao ver uma mulher geladeira como Dilma com cara de limão amassado, chorando, aí perdi de vez a vontade de me deixar emocionar pelas falas teatrais do "valoroso grevista", do ensaboado pelego e do presidente presunçoso e arrogante que acha que criou o Brasil.
O NYT disse que a melhor coisa que este Francisco Cuoco ( perdão Cuoco ) fez no comando do Planalto, foi exatamente não fazer nada.
Ao lembrar que elle não disse uma palavra sobre o escárnio que sua quadrilha promoveu contra Luis C. Mendonça de Barros, fui recuperando meu raciocínio.
Ao lembrar da sacanagem feita por eLLe e seus quadrilheiros com a "Henrança bendita" deixada pelo vitorioso governo de FHC, voltei a ter os mesmos sentimentos de antes em relação a este artista global e o mesmo asco que tenho pela quadrilha que se juntou para tungar nosso suado dinheirinho ocupando os cargos mais importantes da estrutura de governo.
Então, aquele quase sentimento de compaixão que temos em relação a quem chora verdadeiramente, foi substituído pelo sarcasmo com que eLLe sempre tratou o sentimento alheio.
Chora mesmo pelego.
Chore muito.
Seus dias de uma falsa glória estão pertinho do fim.
Chora, pois sua pantomima está se encerrando.
Sua peça macabra de governante sério e honesto, foi um espetáculo que enganou a muitos durante 8 longos anos.
Chora, pois como artista vagabundo que fostes, deves agradecer pelo final de script que os coadjuvantes de seu espetáculo ajudaram a reescrever.
No original, estava previsto aquela saída desonrosa pela porta dos fundos do teatro. os tomates e ovos atirados pela platéia raivosa e os pedidos de devolução do ingresso pago, custeados pelo ato do mensalão.
FHC, como de costume no meio artistico, lhe desejou muita merda na estréia de sua peça.
Agora lhe desejo muita merda em sua saída.
Lhe desejo tanta merda que anseio ver, em seu lugar, alguém com coragem suficiente, para limpar e denunciar todas s merdas que fizeste com este País.
LuLLa, que você, ao sair, seja coberto pela merda que sempre caracterizou sua inútil vida.
MERDA!
MERDA PARA LuLLa!
MERDA PARA O PELEGO!
MERDA PARA O NUNCAANTESNAHISTÓRIADESTEPAÍS!
BRAVOOOOOOOOOOOO!

 
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