Descobriram a pólvora.

03 maio 2010


WILSON TOSTA - Agência Estado

Em um mapa da entidade Repórteres Sem Fronteiras sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo em 2010, dividindo 175 países em um espectro de cores que vai do branco (boa) a negro (muito grave), o Brasil aparece coberto de laranja claro (com problemas sensíveis). O desenho foi exibido hoje pelo presidente emérito do Grupo RBS, Jayme Sirotsky, no seminário Liberdade de Expressão, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) e mostra que, se o País não chega ao laranja escuro (difícil) de Venezuela e Equador e está muito distante do preto da Arábia Saudita, está longe da liberdade clara de Canadá, Austrália, Bélgica, países escandinavos e outros.
"Aqui são praticadas algumas formas veladas de censura e outras explícitas, com base em interpretações equivocadas da lei", disse Sirotsky, em sua palestra sobre "O cerceamento às liberdades de expressão - visão histórica da evolução dos abusos pelo mundo", no evento promovido no Dia da Liberdade de Imprensa.
Sirotsky criticou propostas de "controle social" da mídia, levantadas por representantes de partidos de esquerda e movimentos sociais, denunciando-as como tentativas de controlar a imprensa não pela sociedade, mas pelo Estado. "A sociedade tem cada vez mais poder de fiscalizar e de usar as novas tecnologias para exigir qualidade, isenção e para produzir seus conteúdos."

Anacronikus:
Por dois períodos de nossa história a liberdade de expressão nos foi tirada.
Uma de forma brutal quando adveio a ditadura.
Agora de forma sorrateiramente disfarçada com esta quadrilha instalada no poder.
Em ambas, os mesmos personagens e a mesma idologia.
Naquela, a ditadura militar se impôs para que não virássemos uma Cuba verdadeiro paraíso do inferno.
Agora, a responsabilidade é nossa.
Para isso, temos as únicas armas que eles mais temem:
A democracia, a verdade e o voto.
Não aceito a desculpa e os motivos para anular votos.
Não aceito a teoria da abstenção.
Acredito na força do voto consciente.
Foi para isso que me enfiei na luta de redemocratização do Brasil.
Sem armas, mas com consciência.
Sem bombas, mas com a força da palavras defendidas e repetidas por milhares de pessoas em uníssono.
Foi com as palavras que derrubamos a ditadura.
Foi com as armas que foi instituída.

 
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