A vez de FHC

Ao contrário do que apontava a mídia ( como eles gostam de falar ) que dizia que FHC não participaria da festa de Serra, ele não só participou como obteve lugar de destaque na cerimônia.
Contundente em seu discurso FHC soltou pérolas de arrepiar a quadrilha.
"Quem tem Serra e Aécio não precisa de mais nada, só de amigos. E amigos nós temos, amigos estão aqui presentes e vão nos levar à vitoria".
Disparou FHC numa alusão à possibilidade real de Aécio ser o vice de Serra.
Em tom de crítica ele condenou escândalos de corrupção na gestão da quadrilha onde "pessoas irresponsáveis passavam a mão na cabeça de todo mundo". O Brasil do Serra vai ser o Brasil da decência".
Numa alusão direta ao chefe dos bandidos, FHC disse que o capo age "arrogância, desprezo à lei e autoconfiança ilimitada".
Disse mais:
"Vamos escolher dentro de poucos meses que Brasil queremos, se um Brasil que ao olhar para o passado o difama, que no presente transforma tudo em marketing ou se vamos querer um Brasil que construa o futuro. Serra é o construtor do futuro. Só se pode entregar um país com o Brasil a quem tem qualidade de liderança".
Sobre o empacado PAC, FHC foi só ironia. Disse:
"Falou-se tanto de obras no Brasil e quase todas são faladas na ótica do marqueteiro. Procurei a (ferrovia) Transnordestina e não encontrei, procurei o biodiesel, não vi. Um milhão de casas? Não achei".
FHC, pelo visto, afiou a língua.