Jader apóia Dilma

04 abril 2010


Fraudes contra a Sudam continuam impunes quase 10 anos depois  Colaboram a coleção de falhas nos inquéritos e lentidão da Justiça
Alana Rizzo / Lúcio Vaz

Fábrica de auto-peças em São Luís do Maranhão que não saiu do papel: investimento bilionário com recursos do contribuinte - (Patrícia Santos/Folha Imagem )   
Quase 10 anos depois da descoberta das fraudes bilionárias contra a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene), a impunidade é quase uma certeza para a maior parte dos envolvidos. Das 481 ações, que somam mais de R$ 4 bilhões, a Justiça impôs duas ou três condenações. Nada foi devolvido aos cofres públicos. Falhas nos inquéritos policiais e a morosidade da Justiça estão inviabilizando a condenação dos empresários, servidores e políticos beneficiados.
Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o principal articulador do esquema, o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) se prepara para voltar à cena. Ainda não decidiu se alça voos em Brasília, onde chegou a ocupar a presidência do Senado, ou se permanece no estado e tenta uma campanha ao governo.
As investigações revelaram o envolvimento de grandes empresas, como a Volkswagen e o Banco Tokyo, no esquema de desvio de recursos da Sudam. De acordo com o MPF, a documentação administrativa, contábil e financeira comprovou uma triangulação envolvendo essas empresas e a Papetins – Indústria e Comércio de Artefatos de Papel e Papelão do Tocantins. Ficou constatado que as empresas burlavam o financiamento do Finam. Parte do percentual do Imposto de Renda recolhido por tais empresas era devolvido a elas, quando na verdade, deveria ter sido empregado integralmente no projeto aprovado com a Sudam.

 
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