A Estratégia de LuLLa.

09 abril 2010


As palavras de LuLLa contra o judiciário não foram gratuitas.
Elle está chamando para si, o foco das eleições.
ELLe sabe que a estratégia de comparação entre ele e FHC, armada com cuidado para esconder a destrambelhada candidata por elle imposta, não será engolida pela campanha de Serra, aí eLLe ataca um poder que ultimamente tem sido criticado pela quadrilha e seus seguidores.
Relembro a descortesia do Sr Ministro Joaquim Barbosa ao Ministro Gilmar Mendes e a desgraçada da necessidade de se ouvir a voz das ruas. Tudo ao vivo e em cores.
Relembro a atuação de Fausto de Sanctis e de seu folclórico e protogênico Queiroz, afrontando de forma direta seus superiores.
Relembro o abaixo assinado de uns míseros juízes pela defesa de De Sanctis.
LuLLa bate num poder quase desmoralizado pela camarilha.
A última decisão em torno do caso do mensalão, que lhe deixou fora da quadrilha apesar de todas as evidências, deve ter servido de combustível para as bravatas do Miserável Mentiroso.
LuLLa deve achar que não sofrerá nenhuma punição mais rigorosa já que a tal voz das ruas, segundo seu pensamento, correrá para atazanar a vida do judiciário.
Na verdade, a culpa deste estágio da situação eleitoral é do próprio judiciário ao não aplicar na candidata e no seu patrão, as devidas e efetivas punições que, segundo muitos, reflete o temor pela atuação da patrulha quadrilheira sempre à postos para realizar o serviço sujo na defesa do meliante.
Um partido envolvido no desvio de bilhões de reais vai reclamar de umas multinhas irrisórias no valor de apenas 20 mil reais?
Um valor ínfimo destes é obtido por qualquer operador da quadrilha como Valdebran e Lacerda, hoje prósperos fazendeiros e empresários.
Esse foi o recado dado por eLLe quando instou sua claque a se responsabilizar pelo devido pagamento das multas que levou.
LuLLa desafia o poder judiciário por que sabe que em seu seio, existem aqueles que lhe oferecerão apoio ideológico através das velhas e rebuscadas decisões que se perdem em meio ao palavrório bem encadeado.
LuLLa sabe que pode fazer chacota do judiciário por que acredita que a Instituição nada fará além de soltar notinhas de repúdio que são vistosas de ler, mas que nada produzem de fato para estancar o desrespeito deLLe às Leis vigentes.
Gilmar Mendes está de saída. Em seu lugar entrará Lewandowski.
Para LuLLa sai o puxa-saco de FHC e entra alguém afinado com eLLe.
ELLe mesmo, em diversas ocasiões, sugeriu esta configuração.
Agindo assim, LuLLa encarnará o espírito de Protógenes, o calaveiro justiceiro, que lutou sozinho pela moralização na política ao lado de um juiz que decidiu fazer justiça com a própria caneta mesmo que ao arrepio da Lei.
LuLLa sabe que sua candidata não agüenta um tranco dentro dos parâmetros democráticos.
LuLLa sabe que ela não tem cacife para topar de frente com um macaco velho como Serra.
LuLLa sabe que tem pesquisa saindo do forno e que, mesmo com a ajuda de alguns institutos, a fraude não pode ser escandalosa e os resultados desta que vai sair, mantém sua candidata empacada.
Então, puxa para si, um novo capítulo destas eleições que é o confronto de poderes.
De um lado o mais bem avaliado presidente dos últimos anos.
De outro, uma Instituição que persegue o primeiro presidente operário e bombardeada pela quadrilha e seus paus-mandados.
Essa cantilena virá mais cedo ou mais tarde.
Na verdade, LuLLa está criando um factóide para se manter em evidência e esconder a completa incompetência de sua pupila.
Vai dar certo?
A resposta vai depender da resposta que for dada pelo Judiciário.
Com a palavra os meretíssimos, excelentíssimos, vossas excelências e todas aquelas firulas bonitas que assistimos nas audiências.
Vou assistir de camarote para ver no que vai dar.

 
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