Lindberg, garoto prodígio da quadrilha, também no mensalão.

16 março 2010


Desvios teriam abastecido campanha de Lindberg em Nova Iguaçu
Outro beneficiado por supostos desvios seria Lindberg Farias. Segundo Funaro, na campanha de 2004, o então secretário de Comunicação do PT, Marcelo Sereno, teria operado desvios da Fundação Núcleos, da Eletronuclear, para abastecer a campanha de Lindberg. "Tem conhecimento que todas as operações da Fundação Núcleos eram comandadas pelo Sr. Marcelo Sereno, com o objetivo de lesar o fundo e financiar a campanha do deputado Lindberg Farias à eleição da prefeitura de Nova Iguaçu", relatou Funaro. Mas ele não citou valores ou detalhes da suposta irregularidade.

Funaro sugeriu que o Ministério Público investigue a empresa ASM Asset, que teria feito negócios com fundações ligadas ao PT e chefiadas por João Vaccari que, segundo o depoente, era "preposto de José Dirceu e Delúbio Soares" (ex-tesoureiro do PT).
O corretor também levantou suspeita sobre a atuação de José Mentor (PT-SP) na relatoria da CPI do Banestado, em 2004. Segundo Funaro, o deputado teria recebido dinheiro para excluir do relatório final da comissão nomes ligados ao Banco Rural e ao PT, para quem Marcos Valério de Souza, apontado como operador do mensalão, atuaria como lobista na comissão.
Nos depoimentos, Funaro também afirmou que foi pressionado por ACM Neto, na época subrelator do esquema de fundos de pensão na CPI dos Correios, para entregar documentos que incriminavam o banqueiro Daniel Dantas. Por meio de interlocutores, o parlamentar teria prometido a Funaro que, em troca dos documentos, ele e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) não vazariam à imprensa informações que o prejudicassem nas investigações.
Os papéis na mira da CPI mostrariam a movimentação financeira do Opportunity Fund nas Ilhas Cayman. Funaro entregou esses documentos ao MPF no dia do depoimento.

 
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