Fala Caserna!

02 março 2010


ESBÓRNIA FINANCEIRA

Ternuma Regional Brasília

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Um dos muitos milagres com os quais fomos abençoados pelo “magnífico estupor” está a multiplicação do dinheiro. De fato, o bolso dos que pagam impostos parece não ter fundos, pois “nossa aberração” não titubeia em inchar a ineficiente máquina administrativa pública (efetivação do controle interno do Estado), pois seu interesse é o reaparelhamento político do Estado.
Acrescente – se ao pesado ônus nacional, a gigantesca máquina administrativa já existente (mais de 21 mil cargos públicos de confiança, a deles, sem concurso), com 37 sinecuras de altíssimo nível em termos de gastos, um empreguismo suicida, a alimentação de ONGs nas mãos de honrados e abnegados petistas, as vultosas quantias orientadas para o empacado PAC, agora liberado, apesar de a maioria de seus projetos conter vícios denunciados pelo TCU, este amordaçado pela ira do “cão sarnento”.Inconseqüentemente, o desgoverno não titubeia em criar despesas crescentes, que não podem ser revertidas, com gastos em pessoal; não se preocupa em conceder aumentos estapafúrdios para os funcionários (os gastos com funções gratificadas cresceram 119% e chegaram a R$1,2 bi), e em fazer doações e benemerências (um bilhão de dólares de crédito para Cuba, com a previsão de um adicional de mais 230 milhões) com a benevolência de um perdulário novo rico.
Parece bazófia, ouvirmos a cada dia, as centenas de milhões de reais que serão destinadas para esta ou aquela obra, ou os vultosos aportes para estes ou aqueles ministérios, ou para a educação, ou para a saúde, e para que os números soem como impressionantes, afirmam que aquelas monstruosas cifras serão liberadas até 2030, 2040, e assim por diante. Alguns, boquiabertos com tanta pujança do Tesouro Nacional, e com a propalada eficiência e a capacidade empreendedora do desgoverno, pasmem, acreditam.
Infelizmente, no mar de rosas que o País atravessa, não muito longe, agourentos economistas vaticinam que um tsunami se aproxima e, mesmo aumentando – se a carga tributária, ainda assim, faltará “merda” para todos.
O aumento dos impostos pode ser agregado ao seu bolso de forma direta ou indireta. A indireta, você pouco percebe. Vamos a um grosseiro exemplo. Quando, repentinamente, o Seguro Obrigatório foi aumentado de 40 reais (?) para os atuais 82(?), foi público na imprensa, quase às escondidas, a destinação daqueles recursos. O mais alarmante é que 30% são destinados ao desgoverno. Pergunta – se, o que o governo tem com aquele seguro, uma taxação recolhida de todos os proprietários de carros, ônibus, caminhões, como fundo para a indenização de acidentados? Absolutamente nada, a não ser recolher algum. Portanto, vejam como é fácil arrecadar, sem que os idiotas percebam.
Pipocam na imprensa, preocupantes alertas. Não há desconhecimento quanto ao montante da dívida pública. Ela já cruzou a casa do trilhão.
Cobertos de razão, alentados economistas olham com reservas para o inchaço da máquina administrativa (dados recentes do Ministério do Planejamento apontam que, entre 2002 e 2009, o número de cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) aumentou 24,6%, passando de 18. 374 para 22. 897. Já as despesas com essas e outras funções gratificadas do Executivo passaram de R$555,6 milhões em 2002, para R$1, 222 bilhão em 2009, um salto de 119,9% - dados extraídos do artigo “Excesso de Confiança”, de Gustavo Paul e Cristiane Jungblut), e com justo temor, denunciam, pois além de dominante, o Estado é grande, pesado, caro, esbanjador e ineficiente.
Acreditamos que, muito breve, a conta ficará alta demais ou o bolo da viúva pequeno para ser dividido com tantos, em especial, por constatarmos que a cúpula dos três Poderes é um dragão insaciável.
E o pior, é que a candidata do “alto teor alcoólico” nos afirma com alarido (vide o seu programa de governo) que os tentáculos do desgoverno serão estendidos sobre todos os setores, como um poderoso pai, benevolente para os lenientes e acomodados, e severo com os que não se comportarem.
Rumamos, infelizmente, de olhos abertos para o abismo, e não temos a simplória desculpa de que fomos enganados. Uma coisa é certa, hoje a esquerdalha atingiu a tal limite de força e descaramento, que trabalha às escancaras (PNDH, o que é isso companheiro?), e anuncia aos quatro ventos, em festivos convescotes o que fará conosco.
E nós, humilde e pacientemente, abanamos o rabo.
Brasília, DF, 24 de fevereiro de 2010
Um brasileiro que ao término do carnaval se recusa a tirar a fantasia de palhaço

 
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