Existe um despacho na redação da Folha.

29 março 2010


Em preto eu, vermelho ( sua cor ) você tá Jô?
Só para homenagear seu lado pomba-gira.
Josias de Souza acha que existe uma macumba “shakeasperiana “ no caminho de Serra.
Já no título, Josias comete seu primeiro erro.
Não leu Willian SHAKESPEARE. ( o A Jô, vem depois da vogal E, viu Jô? )
Se tivesse lido, pelo menos não grafaria seu nome errado.
Mas, vamos à macumba que Josias vê no caminho de Serra.

Há uma ‘macumba’ shakeasperiana na trilha de Serra
O grão-tucano José Serra está a um passo de sua segunda candidatura presidencial. No caminho de Serra há uma macumba.
A farofa exala naftalina. A galinha preta cacareja um dilema de 2006, de timbre shakespeariano: Ser ou não ser FHC?
Armou-se para 10 de abril a aclamação de Serra. Convidado para a pajelança, FHC não terá acesso ao microfone. Deseja-se escondê-lo.
Mantida essa decisão, ainda que Serra plante bananeira no palco, nada chamará mais atenção do que o silêncio do sábio da tribo.
Ladino a mais não poder, Lula traçou um risco no chão da sucessão. Cuspiu na linha. E chamou FHC para a briga.
“Nós contra eles”, disse Lula à sua tropa. A era petê versus o ciclo peéssedebê. Dilma ‘da Silva’ Rousseff contra José ‘Cardoso’ Serra.


Como disse, já no título Jô comete um erro crasso com o nome de Shakespeare. Não deveria, já que publica seus “textículos” em um grande meio de comunicação.
Josias dá uma de Zé Pilintra e afirma que FHC não terá vez na festa de lançamento da candidatura Serra.
Embalado pelos pontos de Exú, Josias descobre que o PSDB quer esconder FHC e que, mesmo que plante bananeira no palco o silêncio imposto a FHC, segundo ele, chamará atenção.
Josias não sabe, mas banana é fruta adorada por Xangô, que segundo os espíritas, é o deus da justiça.
E justiça se faça né Jô, se alguém deveria estar atrás das grades, não seria FHC.
Jô acha “lula ladino a mais não poder” por que chamou FHC para a briga. A era Pete contra peéssedebê.
Ladino quer dizer esperto, mas também alguém sempre disposto a enganar alguém.
Agora é nóis segundo Jô.
FHC Jô, comprou a briga. Chamou o mafioso e ladino para a briga. Ele correu como covarde. Não topou.
Serra, não precisa de FHC ao contrário da terrorista que depende do Mafioso. Sozinha, ela é um desatre.

Para regozijo de Lula, o tucanato mordeu a isca. Pôs-se a perguntar: o que fazer com FHC? Decidiu levá-lo ao armário.
No esforço que empreende para fazer de FHC um coadjuvante de sua história, o tucanato adorna o próprio dorso com a plumagem de outro pássaro.
FHC julga-se um colecionador de façanhas: o Real, as privatizações, a estabilidade econômica, a Lei de Responsabilidade Fiscal...
Considera-se merecedor de uma estátua. Mas os tucanos, pardais de si mesmos, preferem sujar, com desenvoltura dialética, a testa do seu líder.
Repete-se em 2010 o erro que levou Alckmin a ter menos votos no segundo turno de 2006 do que amealhara no primeiro round.
O Lula de quatro anos atrás jogara no chão a casca de banana da comparação. E o tucanato escorregara gostosamente.


Não Jô, o tucanato não mordeu nenhuma isca. Nem se pôs a perguntar o que fazer com FHC. O tucanato, vai levar FHC com as honras de um ex-presidente que deixou para a quadrilha as bases do sucesso de Lulla, apesar das imensas cagadas que fez.
FHC não se julga um colecionador de façanhas. Ele, Jô, as realizou. Uma por uma, as citadas por você e muitas outras.
Graças a FHC temos hoje uma telefonia de primeiro mundo, ou quase. Só não está melhor por que Lulla resolveu acertar as contas com quem lhe financia ao juntar Oi e Telemar e, de troco, encher o rabo do barman de zoológico Lulinha seu filho.
Fhc é digno sim de estátua. A contrário do ladino, esperto, que merece prisão.
Segundo a pomba-gira Jô das 7 encruzilhadas, os “pardais tucanos” preferem sujar a testa de FHC.
Sujar como JÔ?
Como os aloprados do churrasqueiro de Lula?
Como Vaccari na Bancoop?
Como Delúbio no mensalão?
Não Jô, não se repete agora em 2010 o que Alckmin fez em 2006.
Alckmin bateu de frente com os eleitores de Serra. Esse foi seu erro e o maior erro do PSDB.
Lula, de 4 anos atrás, em 2006, queria Alckmin no tapete. Conseguiu e levou.
Agora em 2010, queria Aécio. Vai levar Serra na cara. Perdeu Exú.

As pesquisas informam que o governo FHC, a despeito dos méritos, não deixou saudades. O eleitor rejeita o ex-presidente.
Ex-ministro de FHC, Serra foi vítima dessa aversão na sucessão de 2002. Repaginado por Duda Mendonça, Lula surrou-o.
Submetido à esperteza plebiscitária de Lula, o Serra-2010 tem dois caminhos: ou explica os êxitos da era FHC ou foge de um debate incontornável.
Se optar por repetir o Alckmin-2006, jogando o passado sob o tapete, arrisca-se a comparecer à disputa sem cara. Ou por outra, Serra pode virar a mula sem cabeça da eleição.


Decide Jô, ou fica com a Maria Padilha ou vamos para a península ibérica descobrir o paradeiro da lenda.
Jô se lembra, mas prefere esquecer.
O governo FHC deixou saudades sim Jô. Deixou saudades em que é politizado, quem lê e se informa. Em quem não caiu na verborragia criminosa da quadrilha petista.
A eleição de 2002 foi talvez, a mais disputada dos últimos anos. Roseana Sarney ganharia aquela eleição não fosse o caso Lunus. Ela, Jô, chegou ao empate técnico com o seu Miserável Mentiroso.
Serra foi abandonado pelo PSDB de Tasso e seus amiguinhos e teve, todos os outros candidatos contra si.
Garotinho, Sarney/Roseana, Ciro, e, ainda assim, foi para o 2º turno.
Jô esqueceu a guerra suja promovida por Ciro e Garotinho contra Serra.
Esqueceu do terrorismo com a possível venda da Petrobrás?
Agora Jô, é muito diferente daquele quadro. Não dá para comparar assim de forma simplista como mula sem cabeça com lobisomen.
Serra, não está submetido à esperteza de Lula. É exatamente o contrário. É Lula que está escondendo seu produto, apostando todas as suas fichas em sua popularidade.
Serra Jô, tem luz própria, tem curriculum, tem feitos para mostrar.
Dilma tem o que?
Serra Jô, pode até repetir Alckmin-2006. Nada vai mudar. Sabe o por quê? Lula Jô, ta fora.

“As pessoas aprendem com a vida”, disse FHC na semana passada. Acha que o presidenciável de seu partido tem a obrigação de defendê-lo.
Por quê? “O Serra tem um compromisso, porque ele [ex-ministro do Planejamento e da Saúde] foi parte ativa do que se fez”.
Faz sentido. Diz o senso comum que “errando é que se aprende”. Mas, tomado pelos primeiros movimentos, o PSDB parece decidido a adaptar o brocardo.
Para o tucanato, é “errando é que se aprende... A errar.” Com dois fracassos presidenciais sobre os ombros, o PSDB aposta, de novo, no erro.


FHC Jô, falou certo.
Serra fez parte sim do governo de FHC e tem QUE SENTIR ORGULHO DISSO.
Serra criou uma referência de tratamento da AIDS em todo o mundo. Foi Serra quem criou a ANVISA, que peitou as multinacionais farmacêuticas e institucionalizou os genéricos, o saúde da família, a assistência às gestantes e a criação do SUS.
Quer mais?
Que isso Jô, adaptar brocado? Virou costureira agora?
Já que é assim, vamos desfiar esta renda.
Onde você vê erro, existe estratégia. Se a do seu Miserável Mentiroso é a comparação com FHC, a de Serra é a comparação com a boneca inflável. Onde está o erro?
O que a costureira de macumba chama de erro, denomina-se.... ESTRATÉGIA.
O PSDB aprendeu Jô. Aécio caiu na real, Alckmin no seu quadrado. Faltam apenas alguns tucanos sem voto como Virgílio e Gereissati pararem de olhar seus umbigos. Coisa pequena.
Mas se o monstrengo quiser comparações, nós temos Jô.
Já pensou 5 minutos de entrevistas com os desabrigados da Bancoop?
Já pensou um slide show mostrando a terrorista ao lado de Dirceu, Delúbio, Vaccari e a quadrilha?

Retorne-se ao início: No caminho de Serra há uma macumba. Ainda há tempo para remodelar a encruzilhada.
Um bom recomeço seria convidar FHC para dizer meia dúzia de palavras na pajelança de 10 de abril.


Quer recomeçar como o que?
Macumba, costura ou contos?
Fiquemos então na macumba.
Encruzilhada Jô, não se remodela. É fixa. O que muda é o despacho.
FHC vai falar. E vai vir chumbo grosso.
No meio do caminho de Serra, não existe macumba.
Na redação da Folha é que existe um despacho.
Existe um despacho, na redação da Folha.
LARÓYÈ EXÚ!
É Kaalé o! Josias.

 
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