Nanico$ ma$ nem tanto.

10 maio 2010


Daniel Bramatti - O Estado de S.Paulo

Os 10 micropartidos que já lançaram pré-candidatos à Presidência vão ocupar 27% da propaganda eleitoral no rádio e na TV, apesar de sua escassa representatividade política. Somados, eles elegeram menos de 2% dos deputados federais em 2006.
Graças à profusão de "nanicos", a eleição de 2010 deve ter 13 candidatos. O maior número desde 1989.
Seis deles integram partidos que não elegeram um único representante na Câmara dos Deputados: PCB, PRTB, PSDC, PCO, PSTU e PSL. O PV, apesar de ser pequeno, não se enquadra na categoria dos nanicos por conta da força eleitoral da candidata Marina Silva, terceira colocada nas pesquisas.
O fato de partidos inexpressivos ocuparem quase um terço do horário destinado à propaganda eleitoral evidencia falhas na legislação, segundo especialistas ouvidos pelo Estado.
Já os próprios candidatos dizem que deveriam ter o mesmo tempo na TV que os adversários das grandes legendas.
A exposição dos nanicos será financiada pelos cofres públicos, de maneira indireta, pois o horário eleitoral só é gratuito para os partidos.
Os 10 microcandidatos terão um subsídio conjunto de R$ 34 milhões para se expor no palanque eletrônico de 17 de agosto a 30 de setembro. Cada minuto de propaganda custará R$ 128 mil para o governo.
Além do subsídio indireto, os micropartidos recebem dinheiro do governo por meio do Fundo Partidário. Os 10 que pretendem disputar a Presidência, somados, embolsaram R$ 8 milhões no ano passado.

Anacronikus:
R$ 34 milhões para assistirmos ao costumeiro festival de baboseiras que vemos durante as campanhas eleitorais.
Vamos Rui Pimenta e sua baboseira contra o império americano.
O bom é que acaba se transformando em um show de humor macabro que às vezes até consegue arrancar algumas risadas dos incautos.

 
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